Chuvas fazem preços das hortaliças subirem em janeiro, diz Conab

Chuvas fazem preços das hortaliças subirem em janeiro, diz Conab


Tomate liderou as altas, com valorização de 95% em Vitória (ES). Já cebola e alface estão mais baratas. O tomate teve queda no preço de 14%, passando de R$ 70 a caixa com 20 kg, para R$ 60 em Cuiabá
Lucas Diego
As chuvas do início do ano fizeram subir os preços das hortaliças nas principais nas Centrais de Abastecimento (Ceasas) do país em janeiro, de acordo com levantamento divulgado pelo Ministério da Agricultura nesta terça-feira (18).
O Boletim Prohort, que é feito mensalmente pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), mostra, por exemplo, que o tomate chegou a registrar alta de 95% em Vitória (ES) e de 87,39% em Recife (PE).
“A oferta do produto diminuiu de forma acentuada nos mercados no primeiro mês do ano, o que influenciou na alta dos preços”, diz a Conab em nota.
A análise foi realizada, segundo o governo, para as hortaliças com maior representatividade na comercialização efetuada nas centrais e que registraram maior destaque no cálculo do índice de inflação oficial, o IPCA, como alface, batata, cebola, cenoura e tomate.
A base de dados da Conab considerada a maior e de maior alcance do país, recebe informações de 117 variedades de frutas e 123 diferentes hortaliças, de todas as diferentes regiões do Brasil.
Outras altas
Em janeiro, o comportamento foi de alta nos preços da batata, cenoura e do tomate, como já mostrado. Este movimento se deu em todos os mercados analisados, de acordo com a Conab.
A batata chegou a custar R$ 2,58 o quilo no atacado da capital de Pernambuco, uma elevação de cerca de 38%. A oferta também está reduzida, uma vez que as chuvas aumentam a incidência de doenças, diminuem o ritmo de colheita e ainda prejudicam o escoamento da produção.
Com isso, a tendência para o mês de fevereiro é que os valores continuem em patamares elevados. Só na primeira quinzena deste mês, a Ceasa de Fortaleza registra preços 30% mais elevados. Comportamento seguido em Brasília, com alta de 27%, e em Belo Horizonte, com 15% de elevação.
Preços mais baixos
Já a alface e a cebola apresentaram queda de preços, com exceções de poucos mercados, onde foram registrados aumentos.
Com um comportamento atípico para o período, a cebola foi comercializada com valores estáveis, ou até mesmo mais baratos em alguns atacados.
Um dos motivos para a queda nos valores é a boa produção registrada em Pernambuco, que contribuiu para um aumento de 30% da oferta no mercado.
Frutas mais baratas
Para aliviar o bolso, a melancia ficou mais barata na maioria dos mercados atacadistas analisados pela Conab. A baixa procura pelo produto devido ao tempo ameno e chuvoso e a menor qualidade da fruta favoreceram a queda dos preços.
O mamão apresentou comportamento similar. A redução nos valores comercializados é, afirma o governo, reflexo da demanda mais fraca e pelas más condições climáticas tanto no cultivo quanto na colheita da fruta.
Para fevereiro, os preços devem se manter estáveis, uma vez que a oferta se apresenta de forma ajustada, mesmo com o registro de uma leve aquecida na demanda.
Fonte: ECONOMIA

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