Veja para onde vão os repatriados após quarentena na Base Aérea de Anápolis
Grupo com 34 passageiros deve ficar em quarentena por 18 dias. Eles chegaram ao Brasil na manhã de domingo (9). Grupo de brasileiros repatriados da China chega a Anápolis para ficar em quarentena
Reprodução/GloboNews
Após o pouso dos dois aviões na manhã deste domingo (9), os 34 repatriados da China devido ao coronavírus iniciaram a quarentena de 18 dias na Base Aérea de Anápolis. Depois desse período, os três diplomatas regressam a Pequim. Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB) os demais retornarão para os locais onde viviam antes de se mudarem para Wuhan, epicentro do vírus.
O tenente-brigadeiro do Ar Marcelo Damasceno, responsável da FAB pela operação, listou qual será o destino de cada um deles após o período de isolamento:
1 Rio Grande do Norte
1 Pará
1 Maranhão
4 Santa Catarina
4 Paraná
4 Minas Gerais
5 Distrito Federal
11 São Paulo
Os nomes não foram divulgados, mas alguns já são conhecidos. De Belo Horizonte, chegou o jovem Vitor Siqueira. O pai dele viajou da capital mineira a Anápolis para acompanhar a quarentena. Ele inclusive fez uma carta de agradecimento e confessou que temeu perder o filho por causa do coronavírus.
Já em Palhoça (SC) vive a chinesa Hui Zhang, de 33 anos, e a filha, Isabela, de apenas 1. Elas tinham ido a Wuhan para que a bebê conhecesse a família da mãe. O marido dela, o argentino Pablo Lassalle diz que não vê a hora de reencontra-las para pôr fim ao sofrimento.
Aviões com brasileiros repatriados da China chega a Anápolis, Goiás
Sílvio Túlio/G1
Chegada
O grupo chegou a Anápolis por volta de 6h. Eles desembarcaram usando máscaras e foram direto para os ônibus que os levaram para os hotéis de trânsito onde ficarão hospedados.
Um dos brasileiros repatriados fez postagens na rede social agradecendo a ajuda da FAB e também o acolhimento recebido. Em uma das publicações, ele se surpreende com os lanches deixados no quarto como um presente de boas-vindas.
Ao todo, foram 95 horas de voo desde que as equipes partiram de Brasília para buscar os brasileiros. Os aviões saíram de Wuhan na sexta-feira (7), fizeram paradas em Urumqi (China), Varsóvia (Polônia) e Las Palmas (Espanha). Já no Brasil, fizeram em Fortaleza uma última escala antes de pousar em Anápolis.
Brasileiro repatriado agradece acolhida em quarentena em Anápolis
Reprodução/Instagram
Surto da doença
Desde o início do surto, no início do ano, a China registrou 812 mortes por coronavírus e 37.251 casos confirmados. No Brasil, são oito casos suspeitos do novo coronavírus e nenhuma confirmação, de acordo com o Ministério da Saúde. Os dados são do balanço divulgado às 13h30 deste sábado. Segundo o governo federal, já foram descartadas 28 suspeitas desde o começo do monitoramento.
Quarentena
O período de quarentena será cumprido na Base Aérea de Anápolis. Os hotéis de trânsito da unidade foram adaptados para recebê-los. No local, eles serão obrigados a usar máscaras quando estiverem fora dos quartos. Além disso, terão a saúde monitorada três vezes ao dia.
Aviões com brasileiros repatriados da China chega a Anápolis
Sílvio Túlio/G1
O que será oferecido aos repatriados na quarentena em Anápolis:
6 refeições diárias: café, colação, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia (acompanhados por nutricionistas)
Videogame, brinquedoteca, jogos, biblioteca, apresentação de bandas militares
Internet, TV a cabo, frigobar, geladeira sem itens alcoólicos
Serviço religioso
Emergência odontológica
Apoio psicológico e pedagógico.
Área de quarentena na Base Aérea de Anápolis
Sílvio Túlio/G1
Os repatriados
Os grupo dos 34 repatriados da China é composto da seguinte forma:
4 chineses casados com brasileiros;
7 crianças com idades entre 2 e 12 anos;
23 brasileiros adultos – casais e homens e mulheres solteiros (sendo três diplomatas).
A tripulação das aeronaves é formada por:
14 médicos
8 tripulantes
2 jornalistas.
Seis estrangeiros que tiveram autorização do governo federal para embarcar desembarcaram na Polônia:
4 poloneses;
1 indiano;
1 chinês.
Repatriação de brasileiros que estão na China
Aparecido Gonçalves e Juliane Monteiro/G1
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Fonte: SAUDE