Nas primeiras semanas do surto, casos do novo coronavírus superam os da epidemia Sars de 2003

Nas primeiras semanas do surto, casos do novo coronavírus superam os da epidemia Sars de 2003


Dados da OMS mostram que número de casos e mortes se intensificou no 15º dia após o começo dos registros. Nas primeiras duas semanas de surto, os casos do novo coronavírus 2019-nCoV superam os da epidemia SARS-CoV, de acordo com dados a Organização Mundial da Saúde (OMS). A versão mais antiga do vírus causou um surto na China entre 2002 e 2003, com mais de 900 mortes e dezenas de países afetados.
Até a manhã de terça-feira (28) a China atualizou o número de mortes para 106, além do governo chinês ter confirmado 4.515 casos da doença 18 dias depois da primeira morte.
Evolução dos casos do SARS-nCoV e 2019-nCoV
Betta Jaworski/Arte G1
Os casos do novo vírus dispararam na última semana – foram de 444 em 11 de janeiro para 4,5 mil nesta terça. Na segunda-feira (27), a Organização Mundial da Saúde (OMS) recuou e mudou a avaliação de risco internacional para elevada.
Inicialmente, após reunião dos líderes do comitê de emergência na quarta-feira (22) e na quinta-feira (23), a OMS havia dito que “ainda é cedo” para declarar emergência internacional e avaliou o surto como uma epidemia apenas na China.
Em relatórios anteriores, o órgão das Nações Unidas apontou que o risco global era “moderado”. “Foi um erro de formulação nos relatórios de 23, 24 e 25 de janeiro, e nós o corrigimos”, explicou uma porta-voz da instituição com sede em Genebra.
OMS aumenta o risco internacional do coronavírus para ‘elevado’
15 países
Neste novo surto em 2019, que iniciou no final de dezembro, 14 países foram afetados além da China: Tailândia, Austrália, Malásia, Singapura, França, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos, Vietnã, Arábia Saudita, Nepal e Canadá.
Ao todo, do primeiro ao último caso, o SARS-CoV atingiu 30 países em cerca de 6 meses. Em 2003, um caso importado chegou a ser confirmado em uma menina de 4 anos no Brasil. China, Canadá, Malásia, Filipinas, Sinagapura, Tailândia e Vietnã registraram os mortos pela infecção do SARS.
Ainda sobre o caso do antigo SARS-CoV, de acordo com documentos da OMS, os primeiros registros mostram que 90% das infecções começaram por profissionais de saúde.
Ciclo do novo coronavírus – transmissão e sintomas
Aparecido Gonçalves/Arte G1
Transmissão do vírus
O ministro da Comissão Nacional de Saúde da China, Ma Xiaowei, disse neste domingo (26) que o novo coronavírus pode se espalhar antes mesmo do aparecimento de sintomas.
Ma afirmou ainda que a capacidade de transmissão do coronavírus está se fortalecendo e reforçou as ações de contenção, que até agora incluem restrições de transporte e viagens e o cancelamento de grandes eventos, serão intensificados.
Vacinas contra o vírus
Um grupo de cientistas do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH, na sigla em inglês) deverá testar vacinas contra o coronavírus em humanos em até três meses, de acordo com a agência de notícias Reuters. A vacina será desenvolvida a partir do código genético desta nova mutação do coronavírus, conhecida como 2019-nCOV.
A OMS pediu a cientistas de todo o mundo que estejam estudando o novo coronavírus compartilhem suas descobertas com a instituição mesmo sem a publicação oficial em periódicos oficiais.
A Coalizão de Inovações em Preparação para Epidemias (Cepi) – grupo internacional para o controle de doenças – anunciou em 22 de janeiro um fundo para apoiar três programas de desenvolvimento de vacinas contra o 2019-nCoV, o novo coronavírus. A Rússia, por meio de seu órgão regulador, também havia anunciado que está trabalhando no desenvolvimento de uma vacina contra o coronavírus.
Raio X do novo coronavírus
Amanda Paes e Cido Gonçalves/Arte G1
Clima de incerteza por causa do coronavírus derruba Bolsas de Valores
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Fonte: SAUDE

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