Na Venezuela, oposição denuncia desaparição de deputado

Na Venezuela, oposição denuncia desaparição de deputado


Ismael León não chegou a um encontro em uma praça pública; um outro deputado, cujo paredeiro era desconhecido desde dezembro, está sob custódia da polícia. Legisladores oposicionistas tentam entrar à força na Assembleia Nacional, em Caracas, na Venezuela, no dia 7 de janeiro
Federico Parra/AFP
Um deputado de oposição ao regime chavista da Venezuela desapareceu nesta terça-feira (21), depois de uma reunião com colegas.
Ismael León esteve com outros 90 deputados na sede do partido Acción Democrática em uma reunião na sede da agremiação antes de perder contato com seus colegas.
Os deputados decidiram fazer uma sessão em uma praça, e não na Assembleia Nacional, porque havia paramilitares nos arredores do edifício.
León, no entanto, não apareceu no local. De acordo com uma colega dele, nem a família, nem os colegas de trabalho e nem os correligionários sabem onde ele está.
Adriana Pichardo, a deputada, disse que, de forma extraoficial, soube que Ismael León foi interceptado pela polícia.
Outro parlamentar preso
Havia um outro deputado que estava desaparecido desde dezembro. Gilber Caro, também de oposição, está sob custódia do Estado e em boa condição física, de acordo informações de seu advogado.
Uma unidade especial da polícia levou Caro no dia 20 de dezembro. Foi uma operação ilegal, de acordo com a oposição política na Venezuela –eles argumentam que um deputado tem imunidade parlamentar.
Caro foi indiciado por terrorismo sem a presença de um conselheiro legal, segundo a advogada Theresly Malave.
O governo de Maduro tomou ações legais contra deputados de oposição. Em dezembro, forma aprovados processos contra quatro parlamentares acusados de crimes que incluem traição e conspiração.
Caro já ficou preso antes. Ele cumpriu pena de um ano e meio, sem passar por um processo, acusado de traição e roubar material militar.
Há uma tentativa, por parte do regime chavista, de entrar com mais processos legais contra opositores.
Fonte: MUNDO

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