Manifesto de 200 entidades da sociedade civil defende sistema eleitoral brasileiro

Texto foi entregue ao Congresso, STF e TSE. Nesta quarta-feira (11), as urnas eletrônicas passaram por mais um teste de segurança; especialistas em tecnologia da informação, policiais federais e representantes de universidades não conseguiram invadir sistema. Manifesto de 200 entidades da sociedade civil defende sistema eleitoral brasileiro
Duzentas entidades da sociedade civil entregaram, nesta quarta-feira (11), ao Congresso e ao Judiciário um manifesto em defesa do sistema eleitoral brasileiro. E, no Tribunal Superior Eleitoral, as urnas eletrônicas passaram por mais um teste de segurança.

Especialistas em tecnologia da informação, policiais federais e representantes de universidades ocuparam parte do terceiro andar do tribunal para testar planos de ataque ao sistema eleitoral.
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Na primeira etapa dos testes, em 2021, esses especialistas fizeram várias tentativas de invadir as urnas, mas não tiveram sucesso. Mesmo assim, diante dosresultado, o TSE implementou melhorias e, agora, eles repetem os ataques para testar essas mudanças. Em todas as ações, nenhuma foi capaz de colocar em risco a segurança do processo eleitoral.

“Nenhum dos planos de teste conseguiu adentrar a rede do TSE e causar dano à totalização, e nós tivemos planos de testes voltados a isso, mas eles não foram exitosos”, afirma Sandro Vieira, juiz auxiliar da presidência do TSE.

E, nesta quarta-feira, representantes de 200 organizações da sociedade civil entregaram aos presidentes do Congresso, do Supremo Tribunal Federal e do TSE um manifesto em a defesa da integridade do processo eleitoral.

No documento, as entidades afirmam que as próximas eleições “serão as mais desafiadoras da nossa história recente, em função dos sistemáticos e infundados ataques do presidente da República, Jair Bolsonaro, e de seus apoiadores ao processo e às instituições eleitorais”.

Elas destacam que “o processo eleitoral brasileiro é respeitado em todo o mundo e conta com um sistema de verificação atenta de observadores internacionais e nacionais. E que nunca, na história de nosso país, esse sistema apresentou qualquer indício de problema que comprometa a sua confiabilidade”.

E ressaltam que “descredibilizar e enfraquecer o processo eleitoral interessa apenas àqueles que não têm compromisso com a expressão da vontade popular, definida através do voto, base do nosso sistema democrático”.

Diante disso, as entidades “pedem que o Congresso, o Ministério Público e a Procuradoria-Geral da República se posicionem em defesa da ordem jurídica e do regime democrático”.

“O conteúdo do manifesto tem como objetivo demonstrar as preocupações da sociedade civil nesse momento, com esse discurso cada vez mais crescente, de um setor hoje radicalizado em um dos Poderes, que visa fragilizar a democracia no Brasil através do questionamento do processo eleitoral, que é um processo que acontece há muitos anos sem nenhum indicativo de fraude”, afirma Natália Sant’Anna, coordenadora do Pacto pela Democracia.
O Palácio do Planalto não quis se manifestar.
Fonte: G1 NOTÍCIAS

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