Filho de ex-ditador das Filipinas lidera contagem de votos nas eleições presidenciais do país

Filho de ex-ditador das Filipinas lidera contagem de votos nas eleições presidenciais do país


Contagem parcial aponta Ferdinand Marcos Jr. como vitorioso em corrida eleitoral com e com três mortos; filha de atual presidente, lidera corrida pela vice-presidência. Ferdinando Marcos Jr., filho do ex-ditador das Filipinas Ferdinando Marcos, leva seu voto nas eleições presidenciais do país, em 9 de maio de 2022
Eloisa Lopez/ Reuters
O filho do ex-ditador das Filipinas Ferdinand Marcos lidera com vantagem a contagem de votos para as eleições presidenciais do país, realizadas nesta segunda-feira (9). Com 66,1% das urnas apuradas até o fim da manhã, Ferdinand Marcos Jr. reunia cerca de 21 milhões de votos, mais que o dobro do segundo colocado, a atual vice-presidente, Leni Roberto.
Sara Duterte, a filha do atual presidente do país Rodrigo Duterte, é também favorita para ocupar a vice-presidência do país, cujas eleições acontecem em paralelo.
Ao contrário de outros sistemas presidenciais com dois turnos, nas Filipinas quem obtiver mais votos vence, mesmo que a diferença seja mínima.
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Violência
As eleições foram marcadas também por episódios de violência ao redor do país. No município de Buluan, na ilha de Mindanao, no sul, três policiais morreram depois que homens armados abriram fogo contra um local de votação.
Já em Datu Unsay, também em uma ilha no sul, cinco granadas foram lançadas contra outro local de votação, ferindo nove pessoas.
Volta da família Marcos ao poder
A popularidade de Ferdinand Marcos Jr., apelidado de “Bongbong”, foi impulsionada por sua aliança com Sara Duterte e o apoio de várias dinastias rivais.
Dias antes da eleição, defensores dos direitos humanos e até padres lançaram uma campanha para tentar impedir a vitória de Marcos Jr. nas eleições.
“Serão mais seis anos de inferno”, alertou o humorista político e ativista Mae Paner, 58, em entrevista à agência de notícias France Presse.
Após seu pai ser deposto, em 1986, Marcos Jr. e sua família fugiram para os Estados Unidos, mas, após a morte do ditador no Havaí em 1989, ele voltou ao país Filipinas.
Fonte: G1 NOTÍCIAS

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