Resgates superam emissões do Tesouro Direto em R$ 958 milhões em janeiro
Esse foi o terceiro mês seguido com retirada líquida de recursos, segundo o Tesouro Nacional. Volume total (estoque) do programa somou R$ 59,30 bilhões no mês passado. A Secretaria do Tesouro Nacional informou nesta quarta-feira (26) que os resgates de títulos do Tesouro Direto superaram as emissões de novos papeis em janeiro deste ano. Esse foi o terceiro mês seguido que esse movimento é registrado.
Segundo o governo, no mês passado, os resgates totais somaram R$ 3,005 bilhões (sendo R$ 669,3 milhões em vencimentos e R$ 2,335 bilhões em recompras antes do fim do prazo pelo Tesouro), ao mesmo tempo em que as vendas de títulos totalizaram R$ 2,046 bilhões.
Com isso, a retirada de títulos do mercado superou as emissões em R$ 958 milhões em janeiro.
O Tesouro Direto é um programa criado em janeiro de 2002 e que permite a pessoas físicas a compra de títulos públicos pela internet.
No ano passado, e no começo de 2020, o Banco Central promoveu uma série de cortes na Selic, a taxa básica de juros da economia, que em fevereiro chegou à mínima histórica de 4,25% ao ano. Com isso, a remuneração de títulos públicos também ficou menor.
Esse movimento provocou a valorização dos títulos comprados antes da queda da Selic. Muitos investidores ainda estão aproveitando para vender seus papéis e embolsar lucros.
Quase 6 milhões de investidores cadastrados
De acordo com o Tesouro Nacional, 319.460 novos investidores se cadastraram no programa em janeiro.
Com isso, o número total de investidores cadastrados ao fim do mês passado atingiu 5.945.793, o que representa aumento de 76,2% nos últimos doze meses.
“O número de investidores ativos chegou a 1.211.123, uma variação de 43,3% nos últimos doze meses. No mês, o acréscimo foi de 9.942 novos investidores ativos”, informou a instituição.
Volume total de aplicações
Com o resgate de recursos do Tesouro Direto em janeiro, o saldo total (estoque) de títulos em mercado alcançou o montante de R$ 59,30 bilhões no mês passado, uma queda de 0,6% em relação ao mês anterior (R$ 59,65 bilhões).
“Os títulos remunerados por índices de preços respondem pelo maior volume no estoque, alcançando 49,2%. Na sequência, aparecem os títulos indexados à taxa Selic, com participação de 33,6% e, por fim, os títulos prefixados, com 17,3%”, informou o Tesouro Nacional.
Fonte: ECONOMIA