Japão fica à beira da recessão após contração do PIB no 4º trimestre

Economia do país encolheu a uma taxa anualizada de 6,3% entre outubro e dezembro e há risco de outra contração no 1º trimestre em meio ao surto de coronavírus. A economia do Japão encolheu no ritmo mais rápido em quase seis anos no quarto trimestre de 2019 uma vez que a alta dos impostos sobre vendas afetou os consumidores e os gastos das empresas, levantando o risco de uma recessão em meio ao surto de coronavírus na China.
Analistas dizem que as consequências da epidemia, que está prejudicando a produção e o turismo, podem ter um impacto significativo sobre o Japão se não forem contidas nos próximos meses.
“Existe uma boa chance de a economia sofrer outra contração entre janeiro e março. O vírus vai afetar principalmente o turismo e as exportações, mas também pode pesar bastante sobre o consumo doméstico”, disse Taro Saito, pesquisador do Instituto de Pesquisas NLI.
O Produto Interno Bruto (PIB) do Japão encolheu a uma taxa anualizada de 6,3% entre outubro e dezembro, mostraram dados do governo nesta segunda-feira, muito mais do que a expectativa do mercado de uma queda de 3,7% e o primeiro recuo em cinco trimestres.
O Japão é a terceira maior economia do mundo.
Foi a maior queda desde o segundo trimestre de 2014, quando o consumo diminuiu depois de um aumento do imposto sobre vendas em abril daquele ano.
O aumento do imposto sobre vendas em outubro do ano passado — bem como clima quente atípico que afetou as vendas de itens de inverno — pesou sobre o consumo privado, que caiu 2,9%, acima do esperado e marcando a primeira queda em cinco trimestres.
Os gastos de capital recuaram 3,7% no quarto trimestre, muito mais rápido do que a expectativa de recuo de 1,6% e o primeiro declínio em três trimestres, mostraram os dados.
Combinada, a demanda doméstica derrubou 2,1 pontos percentuais do crescimento do PIB, mais do que compensando a contribuição positiva de 0,5 ponto da demanda externa.
Depois da China, o Japão é o país mais afetado pelo novo coronavírus
Fonte: ECONOMIA

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