Arábia Saudita suspende 2 unidades de frango da BRF no Paraná

Arábia Saudita suspende 2 unidades de frango da BRF no Paraná


Companhia informou que a medida é temporária e atinge as unidades de Dois Vizinhos e Francisco Beltrão. Frigoríficos da BRF terão que dar explicações para a Arábia Saudita
Reprodução/JN
A BRF comunicou nesta segunda-feira (17) que o serviço sanitário da Arábia Saudita suspendeu temporariamente dois estabelecimentos da companhia para exportação de carne de frango ao país.
O sauditas tomaram a decisão enquanto aguardam mais informações sobre supostas violações cometidas pela empresa na produção de ração e premix.
“A SFDA informa que a medida é temporária e solicita às autoridades brasileiras, entre outros, mais detalhes acerca das investigações conduzidas entre 2014 e 2018 sobre supostas violações cometidas pela companhia na produção de ração e premix, preparado contendo vitaminas e aminoácidos”, disse a BRF, citando que tomou conhecimento da nota oficial da Saudi Food and Drug Authority (SFDA) sobre a suspensão na véspera.
Em comunicado ao mercado, a companhia informou que a medida atinge as unidades de Dois Vizinhos e Francisco Beltrão, ambas no Paraná, sendo que apenas a primeira vinha exportando para a Arábia Saudita, com um volume de aproximadamente 6 mil toneladas/mês.
“A companhia já iniciou os ajustes de redirecionamento de produção para suas demais plantas até que os fatos sejam devidamente esclarecidos, possuindo ainda cinco plantas habilitadas para a Arábia Saudita. As plantas de Dois Vizinhos e Francisco Beltrão serão utilizadas, a partir deste momento, para atendimento de outros mercados”, afirmou.
A BRF também reiterou que tem cooperado irrestrita e continuamente com as autoridades brasileiras e internacionais na elucidação dos supostos fatos e não tolera quaisquer desvios de qualidade e integridade em seu processo produtivo.
“Dessa forma, intensificou e expandiu sua estrutura de controles internos, compliance e qualidade nos últimos anos com o intuito de garantir estrita aderência a toda e qualquer legislação sanitária mundial.”
No final de 2019, o Ministério Público Federal do Paraná denunciou 11 pessoas no âmbito da operação Trapaça envolvendo a BRF, na qual os procuradores acusam empregados da empresa de usar “substâncias proibidas pela legislação brasileira no fabrico de compostos adicionados à ração”.
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Fonte: ECONOMIA

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