56% acham que capitalismo faz mais mal do que bem, aponta estudo

No Brasil, fatia é de 57%. Principal problema apontado no sistema é a sensação de injustiça. Pesquisa ouviu 34 mil pessoas em 28 países. O capitalismo, em sua forma atual, “está fazendo mais mal do que bem para a sociedade”. É o que acreditam 56% dos 34 mil entrevistados em um estudo feito pela empresa de consultoria e relações públicas Edelman em 28 países.
No Brasil, a fatia dos que concordam com a afirmação é de 57%, próxima da média mundial, o que coloca o país na 12ª posição entre os mais insatisfeitos com o sistema. Tailândia e Índia lideram, com 75% e 74%, respectivamente. Os mais contentes são Japão (35%), Hong Kong (45%) Coreia do Sul (46%), Estados Unidos e Canadá (47%).
Em todo o mundo, apenas 18% estão satisfeitos com o capitalismo, enquanto 34% não sabem dizer e 48% dizem que “não está funcionando” para eles. O principal problema apontado é a sensação de injustiça, citado por 74%, seguido pelo desejo de mudança (73%), a falta de confiança (66%) e a falta de esperança (26%).
Perspectivas e confiança na economia
De acordo com a pesquisa, 53% dos ouvidos têm uma perspectiva negativa para a economia e não acreditam que estarão em uma situação melhor do que a atual nos próximos cinco anos. O país mais pessimista é o Japão, com 85%, seguido pela França, com 81%. No Brasil, o índice é de 30%, o sexto melhor da amostra. Quênia e Indonésia lideram, com 10% e 20%, respectivamente.
Apesar disso, 62% dos brasileiros temem “perder o respeito e a dignidade” que um dia tiveram no país. Na média mundial, a porcentagem é de 57%.
O medo do desemprego também é grande: 83% dos pesquisados dizem temer perder o trabalho. Entre as causas que levariam a esse cenário, foram mencionadas principalmente os contratos sem vínculo e freelance (61%), uma recessão iminente (60%) e a falta de treinamento ou habilidades (58%).
No Brasil, o fator que pode levar ao desemprego mais temido é a falta de habilidades ou treinamento, citada por 68%, seguido pela possibilidade de recessão (67%).
O estudo aponta ainda para a falta de confiança nos líderes atuais. Em todo o mundo, 66% dizem não confiar que eles conseguirão conduzir com sucesso os desafios em seus países.
As pessoas muito ricas (36%), os governantes (42%) e os líderes religiosos (46%) são as lideranças com menor percentual de confiança. Os cientistas (80%), pessoas da comunidade local (69%) e cidadãos (65%) aparecem na outra ponta, como os mais confiáveis.
Quando se trata do desempenho das empresas, 56% acham que os negócios geram valor para seus donos e 51% acreditam que eles inovam e impulsionam a prosperidade econômica, mas apenas 35% dizem que os empregos pagam um salário decente.
Fonte: ECONOMIA

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