EUA dizem que mais de 100 militares sofreram lesões cerebrais após ataque do Irã
Ofensiva ocorreu em retaliação à morte do general iraniano Qassem Soleimani. Pentágono diz que 76 militares norte-americanos feridos já voltaram à ativa. Logo do Pentágono é visto na sala de briefing do Departamento de Defesa americano em Arlington, na Virgínia.
Al Drago/Reuters
O Departamento de Defesa dos Estados Unidos confirmou nesta segunda-feira (10) que 109 militares norte-americanos foram diagnosticados com lesões cerebrais leves após um ataque do Irã com mísseis a uma base dos EUA no Iraque no mês passado, informou a agência Reuters.
Por meio de comunicado, o Pentágono afirmou que 76 desses militares feridos já retornaram às atividades.
Em 24 de janeiro, o governo dos EUA havia informado que 34 soldados tiveram lesão cerebral depois do ataque do Irã. O presidente Donald Trump disse que os ferimentos “não são muito graves”.
“Eu ouvi que eles tiveram dores de cabeça e algumas outras coisas… e eu posso dizer que não é muito grave”, declarou Trump, em janeiro.
Bases iraquianas sofrem ataques
Cido Gonçalves/G1
Ataque iraniano
O ataque do Irã foi uma retaliação à ofensiva norte-americana que matou o general iraniano Qassem Soleimani, em 2 de janeiro. O militar morreu em um ataque aéreo em Bagdá, no Iraque, depois de uma série de ofensivas entre Irã e EUA:
Em 27 de dezembro, milícias financiadas pelo Irã atacaram uma outra base iraquiana que abrigava forças dos Estados Unidos, matando um civil dos EUA.
Em resposta, os americanos atacaram bases milicianas no Iraque e na Síria, matando 24 pessoas.
Em 31 de dezembro, milicianos invadiram o complexo de prédios da embaixada dos Estados Unidos em Bagdá. O local ficou sitiado até que líderes das milícias ordenaram a liberação do lugar, pouco mais de 24 horas depois.
Dois dias depois (pelo horário de Brasília; madrugada de 3 janeiro no Iraque), o ataque aéreo dos EUA, ordenado por Trump, matou Soleimani na capital iraquiana.
Fonte: MUNDO