Estudo da Unicamp para mapear ancestralidade identifica 'gene indígena' que predispõe doenças como obesidade e diabetes

Estudo da Unicamp para mapear ancestralidade identifica 'gene indígena' que predispõe doenças como obesidade e diabetes


Pesquisadores mapearam genoma de 264 pessoas da região de Campinas, e dados foram publicados em revista científica internacional. Marcador de origem indígena aponta para propensão de obesidade e diabetes tipo 2 na população da região de Campinas
Colros/VisualHunt
Um estudo da Unicamp para mapear a ancestralidade da população da região de Campinas (SP) identificou a presença de um “gene indígena” associado ao acúmulo de gordura e açúcares no organismo e, com isso, a predisposição de doenças como obesidade e diabetes tipo 2. O resultado foi publicado em uma revista científica internacional.
O detalhe é que essa alteração foi encontrada meio “por acaso”, durante a análise do genoma de 264 pessoas. Apesar de a população estudada apresentar predomínio de marcadores de origem europeia (80%), os pesquisadores notaram uma variação desse percentual em uma região do cromossomo 8, com maior presença de segmentos indígena em detrimento dos outros (europeia e africana).
Na conclusão dos pesquisadores, essa alteração no gene responsável pelo acúmulo de gorduras e açúcares faz parte de um processo evolutivo da “ancestralidade local”, de um período em que indígenas precisaram se adaptar diante da comida escassa.
Ou seja, há uma prevalência da evolução mesmo diante da miscigenação com povos europeus, e tal característica local se sobressai no genoma.
Chefe do Laboratório de Genética Molecular da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp e coordenadora da investigação, a professora Iscia Lopes-Cendes defende que o resultado mostra que a medicina genômica pode melhorar a saúde em geral, tanto no diagnóstico como também em medidas de prevenção.
Laboratório da FCM da Unicamp
Reprodução/EPTV
“Nosso trabalho começou com a investigação da ancestralidade genômica desses indivíduos, queríamos mostrar que esses dados podem fornecer informações importantes para a medicina. Ao fazer nosso trabalho, identificamos que havia um sinal em que a ancestralidade europeia estava diminuída e a indígena aumentada e, quando fomos olhar, continha esse gene.”
“Acho que esse é um bom exemplo de como o estudo genético pode auxiliar em políticas de prevenção e saúde pública”, defende.
Segundo a pesquisadora, as amostras começaram a ser colhidas cinco anos atrás, com acompanhantes de pacientes no Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp, sem doenças identificadas, e a análise de laboratório e formulação de cálculos para o resultado levaram dois anos – foram mapeados cerca de 900 mil marcadores genéticos.
O projeto faz parte da Iniciativa Brasileira de Medicina de Precisão, lançada em 2015.
“É um fenômeno que não tinha sido identificado em nenhuma outra população anteriormente. No Brasil, nosso estudo foi o primeiro”, diz Iscia.
De acordo com a pesquisadora, o próximo passo do trabalho é identificar se indivíduos de outras regiões do Estado de São Paulo, e até mesmo de outras áreas do Brasil, possuem marcadores de ancestralidade semelhantes.
Veja mais notícias da região no G1 Campinas
Identificar se individuos de outras regiões do Estado de SP, e ampliar para outras regiões do Brasil
Esse é um fenômeno da região de Campinas, ou de outras regiões do Estado ou do País?
A pesquisadora detalha a importância da descoberta para explicar essa propensão
identificar dados que possam ser usados para a saúde das pessoas – contexto da medicina de precisão, que é uma tendência no mundo inteiro. Esse estudo foi dentro desse projeto maior, começou em 2015 e continua. Identificar se individuos de outras regiões do Estado de SP, e ampliar para outras regiões do Brasil
Esse é um fenômeno da região de Campinas, ou de outras regiões do Estado ou do País?
trabalhar com as amostras – desde 2015 – para chegar 264 – para fazer todo trabalho
hoje em dia não são tão demorados, são caros. Você faz vários de cada vez, só fizemos isso aí quando tinhamos um número bom. Trabalho de dois anos. trabalho de laboratório, e trabalho de cálculo estatístico – dr. Rodrigo Cepollin, pós-Doc, genômica popula
quando fomos olhar essa região, ela continha esse gene.
nosso trabalho começou com a investigação da ancestralidade genômica desses indivíduos
queriamos mostrar que esses dados podem fornecer informações para a medicina
foi feito no contexto de um projeto maior – iniciativa brasileira de medicina de precisão, lançado em 2015
medicina genômica pode melhorar – melhor diagnóstico, também medidas de prevenção
ao fazer nosso trabalho, identificamos que havia um sinal
prevalência do processo evolutivo, a miscegenação, dentro de um ambiente de característica dele ele sobressaiu
sendo o restante distribuído entre ancestralidades africana (10%) e indígena (10%)
, os pesquisadores verificaram um predomínio de marcadores de origem europeia (80%), sendo o restante distribuído entre ancestralidades africana (10%) e indígena (10%). E meio que “por acaso”, ao notarem uma variação desse percentual em uma região específica do cromossomo 8, identificaram uma maior presença de segmentos indígena em detrimento dos outros.
É um fenômeno que não tinha sido identificado em nenhuma outra população anteriormente. No Brasil, nosso estudo foi o primeiro.
quando fomos olhar essa região, ela continha esse gene. Vimos que ele está envolvido – acumulo de gordura e açúcares no corpo. Esse nosso sinal, que havia uma explicação. Derivado de uma seleção natural.
Poderia conferir alguma vantagem, por uma vantagem, foi passada com uma maior frequência. Quando vimos que estava associado. Alimentação escassa, trabalho braça, os indivíduos que conseguiam al
exceto em uma região específica do cromossomo 8, onde se localiza o gene PPP1R3B. Nessa região, verificamos uma representação aumentada dos segmentos de origem indígena e uma diminuição significativa dos segmentos de origem europeia e africana.
prevalência do processo evolutivo, a miscegenação, dentro de um ambiente de característica dele ele sobressaiu
De acordo com a pesquisadora Iscia Lopes-Cendes, chefe do Laboratório de Genética Molecular da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp,
A conclusão dos pesquisadores é que, esse gene herdado pela população,
Em uma época em que a comida era escassa, o gene PPP1R3B, relacionado com o acúmulo de glicídios e lipídios, daria uma vantagem evolutiva aos seus portadores, possibilitando que vivessem por mais tempo, se reproduzissem mais, e transmitissem essa característica à descendência.
investigação foi coordenada por Iscia Lopes-Cendes, chefe do Laboratório de Genética Molecular da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, no âmbito da Iniciativa Brasileira de Medicina de Precisão (BIPMed), também apoiada pela FAPESP.
Gene indígena
Estudo da Unicamp para mapear ancestralidade identifica gene de origem indígena que predispõe desenvolvimento de obesidade e diabetes
associado à capacidade do organismo de acumular glicídios e lipídios, e, por isso, predisponente ao desenvolvimento de obesidade e síndromes metabólicas correlatas, como diabetes tipo 2.
primeira coisa, meu grupo não trabalha genética molecular
nosso trabalho começou com a investigação da ancestralidade genômica desses indivíduos
queriamos mostrar que esses dados podem fornecer informações para a medicina
foi feito no contexto de um projeto maior – iniciativa brasileira de medicina de precisão, lançado em 2015
medicina genômica pode melhorar – melhor diagnóstico, também medidas de prevenção
ao fazer nosso trabalho, identificamos que havia um sinal
em que a ancestralidade local, que a europeia estava diminuída – e a indigena aumentada
quando fomos olhar essa região, ela continha esse gene. Vimos que ele está envolvido – acumulo de gordura e açúcares no corpo. Esse nosso sinal, que havia uma explicação. Derivado de uma seleção natural.
Poderia conferir alguma vantagem, por uma vantagem, foi passada com uma maior frequência. Quando vimos que estava associado. Alimentação escassa, trabalho braça, os indivíduos que conseguiam al
primeira vez foi achado na nossa população – fenômeno não tinha sido identificado em nenhuma outra população anteriormente. No Brasil, nosso estudo foi o primeiro.
Individuos desse trabalho, não eram
acompanhantes de pacientes do hospital, a principio não tinha doença grave nenhuma.
dá para ser aplicado para saúde,
região do genoma que contêm
importante que tinha ainda –
acho que isso é um bom exemplo de estudo genético
que regiões eram europeias, africanas e indigenas…. essa região específica do cromossomo 8
Itália é um dos países com menor indice de obesidade – foi substituída pela origem indigem
maior parte do genoma europeus – essa região a maior parte, temos origem indigena – apesar do genome
primeira coisa que dá pra fazer – ele nasceu, feito no âmbito de um projeto maior, iniciativa brasileira de medicina de precisão – pesquisadores de varias universidades de SP – USP e Unifesp – desde 2015
identificar dados que possam ser usados para a saúde das pessoas – contexto da medicina de precisão, que é uma tendência no mundo inteiro. Esse estudo foi dentro desse projeto maior, começou em 2015 e continua. Identificar se individuos de outras regiões do Estado de SP, e ampliar para outras regiões do Brasil
Esse é um fenômeno da região de Campinas, ou de outras regiões do Estado ou do País?
trabalhar com as amostras – desde 2015 – para chegar 264 – para fazer todo trabalho
hoje em dia não são tão demorados, são caros. Você faz vários de cada vez, só fizemos isso aí quando tinhamos um número bom. Trabalho de dois anos. trabalho de laboratório, e trabalho de cálculo estatístico – dr. Rodrigo Cepollin, pós-Doc, genômica popula
Fonte: SAUDE

Aqui você pode expressar sua opinião livremente.