Dívida pública pode subir para até R$ 4,75 trilhões em 2020, diz Tesouro

Previsão foi divulgada nesta terça-feira pela Secretaria do Tesouro Nacional. Em 2019, a dívida pública atingiu recorde de R$ 4,248 trilhões, alta de 9,5%. Após crescer 9,5% em 2019, e atingir um total de R$ 4,248 trilhões, a dívida pública do governo federal continuará a avançar neste ano e poderá chegar a 4,750 trilhões no fim de 2020, de acordo com números divulgados pela Secretaria do Tesouro Nacional nesta terça-feira (28).
Se o patamar máximo de até R$ 4,750 trilhões se confirmar, a alta da dívida, neste ano, será de R$ 502 bilhões, o equivalente a 11,8% de aumento. Os números constam no Plano Anual de Financiamento (PAF) da dívida pública.
O nível de R$ 4,750 trilhões para a dívida no fim deste ano, porém, é o teto. O Tesouro Nacional também informou que o crescimento pode ser menor, de R$ 252 bilhões, para R$ 4,500 trilhões, que é o piso para o patamar da dívida no fim de 2020, ou seja, a alta mínima prevista. Neste caso, a elevação seria de 5,9%.
A dívida pública federal é a contraída pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do governo federal, ou seja, pagar pelas despesas que ficam acima da arrecadação com impostos e contribuições.
Quando os pagamentos e recebimentos são realizados em real, é chamada de interna. Quando tais operações financeiras ocorrem em moeda estrangeira, usualmente o dólar norte-americano, a dívida é classificada como externa.
Necessidades de financiamento
Segundo o Tesouro Nacional, os vencimentos da dívida pública neste ano somam R$ 928 bilhões, dos quais R$ 808,2 bilhões são da dívida interna em mercado, outros R$ 11,5 bilhões são da dívida externa e R$ 108,7 bilhões em encargos do Banco Central.
Além disso, há uma estimativa de que sejam necessários mais R$ 376,3 bilhões para “cobertura parcial” do déficit das contas do governo, e de mais R$ 11,8 bilhões para honrar contratos de garantias.
Com isso, a necessidade líquida de financiamento cai para R$ 1,067 trilhão em 2020. Para financiar esses compromissos, estão previstos R$ 248,6 bilhões em recursos orçamentários.
Fonte: ECONOMIA

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