Prévia da inflação oficial fica em 0,71% em janeiro, aponta IBGE

Este é o maior resultado para um mês de janeiro desde 2016. Em 12 meses, indicador acumula alta de 4,34%. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é uma prévia da inflação oficial do país, ficou em 0,71% em janeiro, conforme divulgado nesta quinta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Trata-se do maior resultado para um mês de janeiro desde 2016, quando o indicador ficou em 0,92%. Em janeiro do ano passado, o índice havia sido de 0,30%, o menor para o mês em 24 anos.
Em 12 meses, o indicador acumula alta de 4,34%, acima dos 3,91% registrados nos 12 meses anteriores.
Na comparação com dezembro, quando o IPCA-15 ficou em 1,05%, o índice desacelerou. Segundo o IBGE, a desaceleração foi puxada pelo preço da carne, que passou de uma alta de 17,71% em dezembro para 4,83% em janeiro.
Perspectivas e meta de inflação
A meta central do governo para a inflação em 2020 é de 4%, e o intervalo de tolerância varia de 2,5% a 5,5%. Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic), que está atualmente em 4,5% ao ano – mínima histórica.
Os analistas das instituições financeiras projetam uma inflação de 3,56% no ano, conforme aponta a última pesquisa Focus do Banco Central. Em 2019, a inflação fechou em 4,31%, acima do centro da meta, que era de 4,25% – foi a maior inflação anual desde 2016.
Para 2021, a previsão do mercado financeiro é de uma inflação de 3,75%.
Entenda o IPCA-15
O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA (inflação oficial). A diferença está no período de coleta, além da abrangência geográfica. Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 12 de dezembro de 2019 a 11 de janeiro de 2020 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 12 de novembro a 11 de dezembro de 2019 (base).
Fonte: ECONOMIA

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