Brasil pede à Índia corte de taxas de importação sobre o frango

Brasil pede à Índia corte de taxas de importação sobre o frango


País impõe impostos de importação de 100% sobre produtos do animal e de 30% sobre frangos inteiros. Taxação é considerada elevada pelo setor. Brasil quer entrar no mercado de carne de frango da Índia
Governo do Santa Catarina/Divulgação
O Brasil quer que a Índia reduza taxas sobre a importação de frango e produtos de frango, o que permitiria ao país aproveitar a crescente demanda indiana por esses produtos, impulsionada por um crescimento na renda e mudanças nos hábitos alimentares no país.
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A Índia impõe taxas de importação de 100% sobre produtos de frango e de 30% sobre frangos inteiros, consideradas elevadas demais para que países como Brasil e EUA consigam avançar no mercado local, onde a indústria de frango tem crescido mais de 10% ao ano.
“Nós gostaríamos de pedir à Índia que reduza suas tarifas sobre frango e produtos de frango, que são muito elevadas”, disse à Reuters a ministra da Agricultura brasileira, Tereza Cristina, durante visita à Índia.
O Brasil também gostaria de importar uma série de produtos da Índia, afirmou ela.
“Nossos laços comerciais podem ser um ganha-ganha para ambos os países, uma vez que também queremos importar da Índia e oferecer conhecimento técnico nos quais podem também ter interesse”, acrescentou.
Além do Brasil, os EUA também querem que a Índia reduza as tarifas de importação de frango – um pedido que gera resistência da indústria local de frango, contrária a qualquer corte nas taxas.
O Brasil também quer trabalhar com a Índia no setor de produção de etanol, o que ajudaria o governo indiano a adotar uso de maior mistura de etanol na gasolina, segundo a ministra.
Diferentemente do Brasil, a produção do biocombustível é limitada na Índia.
Questionada sobre se a delegação brasileira discutiu a questão dos subsídios da Índia para o açúcar, a ministra afirmou: “Nós não falamos nada sobre açúcar. O assunto já está na OMC (Organização Mundial do Comércio).”
O Brasil alega que as exportações de açúcar da Índia não estão em linha com regras da OMC e prejudicam a livre concorrência no mercado global. Além do Brasil, a Austrália e a Guatemala também questionaram os subsídios na OMC.
A Índia, que tem sofrido com excesso de oferta de açúcar, aprovou um subsídio de 10.448 rúpias (145,58 dólares) por tonelada para exportações na temporada 2019/20 – um movimento que incentivou usinas a buscar vendas no exterior.
Acompanhe a cobertura de Agronegócios do G1
Fonte: ECONOMIA

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