Protestos continuam no Líbano após nomeação de novo governo

Protestos continuam no Líbano após nomeação de novo governo


Manifestantes voltaram às ruas por considerar que novo gabinete continua a favorecer classe política. Houve confrontos nas ruas de Beirute. Manifestante atira pedaço de pedra em policiais durante confronto em Beirute, no Líbano, nesta quarta-feira (22)
Bilal Hussein/AP Photo
Os protestos no Líbano continuaram nesta quarta-feira (22), no mesmo dia em que o gabinete recém-formado pelo primeiro-ministro Hassan Diab começou a trabalhar. Embora a mudança de governo tenha sido uma das principais reivindicação dos libaneses, manifestantes seguem descontentes.
Nas ruas da capital Beirute, os ativistas dizem que o novo governo não representa o desejo de mudança visto nos protestos. O novo gabinete foi composto por nomeações dos maiores partidos políticos libaneses — incluindo o Hezbollah, que tem militância política com representação no Parlamento do Líbano, além do grupo armado.
As manifestações que culminaram na queda do então primeiro-ministro Saad Al-Hariri, em outubro, têm como pauta principal a rejeição à classe política, sobretudo em meio à pior crise econômica atravessada pelo Líbano.
“São os mesmos partidos, a mesma elite política corrupta”, disse à Associated Press o manifestante Mahmoud Shaar, de 40 anos.
Assim como no fim de semana, houve confrontos entre manifestantes e forças de segurança no centro de Beirute. Um grupo vandalizou lojas e restaurantes em um centro comercial da cidade, e alguns dos manifestantes usaram pedaços dos pisos quebrados como arma contra os policiais.
Os agentes de segurança, então, revidaram com canhões de água e bombas de gás lacrimogênio. Não há números consolidados de feridos nos confrontos desta quarta-feira. No fim de semana, mais de 500 pessoas se feriram em meio à violência dos protestos.
Novo governo do Líbano
O primeiro-ministro do Líbano, Hassan Diab, anunciou na terça-feira a formação de um novo governo. O novo gabinete é anunciado em meio a uma série de protestos que derrubaram o antigo premiê Saad Al-Hariri em outubro. Desde então, o país passava por um vácuo de poder.
Em declaração nesta terça, Diab prometeu resolver a questão da economia do país e fortalecer a moeda local, a libra libanesa — cotada a R$ 0,003.
“Vamos ser rápidos, mas não apressados, ao conduzir a situação econômica”, prometeu.
Fonte: MUNDO

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